segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Review: Portal 2 - Is the cake a lie?



Think with Portals - A primeira impressão de um game não é a que fica:

Ao jogar Portal pela primeira vez -ainda coadjuvante em meio a Half Life e Team Fortress, na Orange Box- a única coisa que consegui pensar foi: "Cubos mágicos brancos, portais, e uma personagem muda? I'm done with this s*#t.". Semanas após, deixando de lado o preconceito soslaio e débil, atentei-me mais aos detalhes, e o notável se tornou destacável. Os céticos se tornaram mais atentos e o simples "think" se tornou "Think with Portals". Portal 2, então, chegou. Com instigante marketing, miras apontadas para quase todas as plataformas, inovações, e, ainda mais importante: surpresas para muitos céticos tolos espalhados pelo mundo (alguém aí falou comigo?).

Revocando brevemente a história: 

Antes de tudo, vale o adendo: a história de Portal é rodeada de mistérios - torço verdadeiramente pra que isso seja um proposital catalisador para a continuidade da história em -quem sabe- um futuro jogo. Você é Chell, uma personagem muito à lá old school, que não abre a boca em qualquer momento do jogo pra dizer algo - isso flui incrivelmente com a narrativa do jogo, explicarei o porquê daqui a pouco. 

Não se sabe como e nem por que Chell é uma cobaia da Aperture Science, apenas que ela é a única sobrevivente do ataque de GLaDOS - quando encheu o centro de enriquecimento com uma neurotoxina mortal. Inteligência Artificial Homicida e Sacástica. Essa é GLaDOS, um computador desenvolvido para acompanhamento dos testes científicos dentro da Aperture Science. Desconfia-se que sua origem seja a transferência da consciência de Caroline , assistente do criador da Aperture, a um computador (estranho? Não quando o assunto é: arma de portais, geis de propulsão, repulsão e conversão. Chega de história.

Gameplay orange n' blue:

Acho no mínimo ultrajante ao meu leitor repetir o que muitos já dizem. Mas não posso escapar, a Valve cravou seu nome neste 'novo gênero', e por que não, na sua história? Puzzle FPS. Por mais que aparente ser muito mais por acaso do que algo planejado, o modo de jogo em Portal e Portal 2 cai tão bem quanto a cova da Dercy.

A jogabilidade de Portal 2 inclui novos mecanismos. Não bastasse a Handheld Portal Device (ou Portal Gun, como preferir), o jogo inclui géis - não podemos deixar de comparar sua enorme semelhança com o mecanismo de The Power of Paint.. São três tipos diferentes de gel, que te trarão diferentes efeitos em cada câmara.


Gel de Propulsão: Gel Usain Bolt. É laranja. O atrito dos objetos com a superfície diminui, e a velocidade é aumentada. Pode ser mais utilizado para deslizar cubos rapidamente. E... é laranja.

Gel de Conversão: Gel Michael Jackson. Nem todas as paredes são propícias à Portal Gun. O gel da conversão transforma paredes não-propícias a portais em compatíveis. Resultado: maior diversidade de situações às quais você pode terminar uma chamber. O trocadilho com Michael Jackson? Desnecessário.

Gel de Repulsão: Gel Canguru. Você vai usar esse gel basicamente para fazer algum objeto pular para um lugar desejado, passar por superfícies paralelas ou criar um malabaris com blocos pulantes -sim, eu faço isso quando me frustro nas chambers mais difíceis. Você sabia que foi a primeira tentativa da Aperture Science para criar um substituto dietético de pudim?


Carisma em robôs? 

Wheatley. Este é o nome da maior surpresa que a Valve proporcionou aos fãs - e o carinha aí do lado. Foi a primeira vez na qual gargalhei com piadas em um jogo -e não com glitches. A sua importância no auxílio do player, ao início do jogo, como tutorial-boy, não só é uma amostra do que você escutará durante o jogo mas sim de como um personagem secundário podese tornar um principal. 

Pro diabo esse discurso de que o humor nos games está overrated e forçado. Portal 2 é uma amostra de como este pseudo discurso não tem via, e de como podemos ter uma narrativa linear não engessada, flúida, e divertida ao mesmo tempo. (Spoiler de Portal "UM" Alert!) : A própria GLaDOS é uma amostra disso, quando em certos momentos do jogo "joga na cara" a sua vitória sobre ela no primeiro jogo da série, e o fato de você nunca poder sair daquele centro de testes no campo de enriquecimento localizado no nada -até agora.


The cake is true (considerações finais):
É possível numerar diversos aspectos no qual o game se destaca, mas o principal é de que Portal 2 é uma amostra de como fazer sua franquia voltar com tudo ao mercado -sendo com campanha massiva de marketing (não levo fé) ou pelo hype dos próprios fãs (levo fé). There will certainly be cake.


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